Conversando com a Fina pelos Comentários do site dela, me dei conta de uma coisa importante: eu ainda acredito nas pessoas. Ela reclamava das pessoas que seriam hipócritas por comemorarem a defesa dos animais com um churrasco. Eu chamei isso de falta de coerência, ela de falta de noção. No fundo é a mesma coisa, mas, como sempre, a minha cabeça foi longe. Imaginei uma diferença mais marcante nos conceitos. Creio que a principal diferença poderia residir no campo da voluntariedade do ato: em um ela não existe, no outro sim. Não creio que o fato das pessoas fazerem passeatas contra o uso de peles na moda e comer foie gras seja algo pensado - penso que fazem isso justamente porque não pensam nisso. Não é evidente para elas que o pobre do bicho que morreu para eles comerem a iguaria é tão bicho quanto a raposa ou o chinchila, criados com o mesmo fim comercial e nas mesmas condições. Não é maldade - é desinformação, desinteresse, em suma, falta de coerência. O outro ponto de vista que surgiu na minha mente sugere que eles comem porque um boi não é uma arara azul, nem um boto cor-de-rosa; daqueles que ficam chocados porque os chineses comem cachorro, justo ele que tem alma e é o melhor amigo do homem (como se a vaca não fosse algo parecido para o hindu). Assim, precisaríamos criar outro nome: não é falta de coerência, é algo inominável, que pode ser definido por uma falta total e irrestrita de noção.
CONCEITOS E CONCEITOS
Texto editado porque não seria justo imputar para a Fina um pensamento que surgiu de mim mesmo. Conforme explicado nos comments, eu e ela temos o mesmo ponto de vista (ou algo muitíssimo similar), só que batizamos de forma diferente porque compreendemos as palavras de forma diferente (viva, somos humanos!).
CONCEITOS E CONCEITOS
Texto editado porque não seria justo imputar para a Fina um pensamento que surgiu de mim mesmo. Conforme explicado nos comments, eu e ela temos o mesmo ponto de vista (ou algo muitíssimo similar), só que batizamos de forma diferente porque compreendemos as palavras de forma diferente (viva, somos humanos!).