2003-03-29

Momento de rabugice:

Olha, Aivil, seja lá quem você seja. Não é legal tentar fazer os outros passarem por bestas. Não é legal tentar se passar por rebelde sem ter suporte. A rebeldia é uma ótima oportunidade para se aprofundar alguma coisa, sei lá, fazer algo de útil. Pensar um pouco. Se tu quer parar de postar no teu site, tudo bem, só não mente. Essa "intervenção" do blogger brasil no teu site foi muito mal feita. Até eu faço igual. É só copiar a página (o velho ctrl+c, ctrl+v) e colar no shockwave. Pronto. O problema é fazer os links do "blogs of note" atualizar, né? Pois é, eu também não sei como fazer.

Se tu pensou que eu ia cair nessa, gastar meu vocabulário escasso, meus erros de português e cacofonias, te enganou. Nem todo o mundo é teu bobo. E não adianta tentar inflar meu ego. Não funciona. Não comigo.

PAPELÃO INTERNÉTICO
Mostra-se aqui pedaços da vida de um ser humano completo.

CACOFONIA #1
A liberdade do cara se resumia em pegar a Harley Dayvison dele e ir para o trabalho todas as manhãs. Isso devia ser passível de processo por falsidade ideológica, com certeza.

POPULARES
Ás vezes só o que parece funcionar mesmo é um bom banho de sal grosso.

SOLUÇÕES
Isso vale apenas em países onde o canibalismo esteja erradicado.

2003-03-26

God save his money in own Bank!

Eu ia ser um bom marqueteiro americano. Vou ver se vendo essa frase pro banco de boston, para aproveitar o trocadilho infame extra fronteiriço. Fazer dólares, já que tudo, hoje em dia, se sustenta em torno disso.

FRASES CURTAS É O QUE HÁ!

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Tem vezes que os sopros do passado têm côr, gosto e cheiro. Como num replay de fatos e atos esquecidos em algum canto obscuro. Remoer e remexer, eis que surge algo entre nossos braços o que até certo dia se pensava morto. E pulsa. Queria que todos os momentos não tivessem segmentos. Pelo menos por agora.

O RETICENTE SENTE
Quase chorei, comovido, hoje, ao imaginar a beleza da voz do Cid Moreira declamando a letra da egüinha pocotó.

MEMORIAS

2003-03-24

Sempre igual as coisas.

De oito em oito anos os governantes americanos mudam. Vem os democratas, depois os republicanos. No primeiro período, muito sexo, escândalos e subversão monetária aos países pobres. Vide Bill Clinton. No segundo período, guerras chacinantes, prepotência e coação bélica aos países pobres. Vide os Bushes.

Estou realemente curioso em saber o que aconteceria se o milionário maluco ganhasse uma vez.

CURIOSIDADE
Guerra. Se quiser saber como as coisas andam, vá aqui:


The White House
Devolta do retiro.

Como diria um elevador amigo meu, tudo o que sobe tem que descer.

2003-03-15

Modo retiro espiritual ligado.

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As vezes eu não consigo entender coisas. Como a bolha. A bolha ocorre debaixo da pele, como se nascesse água de algum lugar. Como se o objetivo de vida dela fosse "estourai e ardeis, bolhas!". E as vezes elas são mais incisivas, representativas. Elas tem sangue por baixo. Em um momento não tem nada, noutro se erguem e seguem a sua sina. E machucam. E fazem a gente andar torto e se arrepender de fazer esportes, de caminhar, de ter trabalhado com uma enxada.

Será que a bolha é um aviso de deus para que sejamos preguiçosos e sedentários?

MENSAGEM SUBLIMINAR

2003-03-10

Cenas dos próximos capítulos:

- Minhas teorias sobre o que é o amor;
- Teorias sobre os descaramentos e safadismos dos meios de comunicação a distância;
- Meu post especial sobre o dia da mulher (sic).

*post sumariamente editado depois do comentário da Amanda - (mesmo não tendo nenhuma correlação com o fato)

ASSISTA AGORA...
Telefone chamando. Atendem.
- Alô?
- Alô!
- Por favor o sinal do fax?
- Ele não se encontra, quer deixar recado?

---

Telefone chamando denovo.
- Alô?
- Alô, quem fala?
- Aqui é o mudinho.

SURREALIDADES VIA FIBRA ÓTICA
Entrei numas como o M4rc3l: entendi uma coisa. A "chave hotel".

Estava eu a ponto de descer uma escada mal iluminada quando de repente, não mais que derepente, me deparei com um interruptor. Um interruptor de chave hotel. Aquele que tu acende quando começa a descer (ou subir, dependendo do gosto do freguês) e apaga quando chega no final dela, com outro interruptor. Eu já tinha visto isso antes, mas no momento que fazia aquela árdua travessia enetendi a chave hotel. Me senti feliz com isso, e para comemorar, desci e subi mais umas oito vezes variando alegremente: as vezes apagava a luz, subia e acendia, descia, acendia e apagava, acendia, ascendia e apagava... Uma sessão prática do funcionamento teórico da chave hotel.

Acho que a chave hotel é um dos maiores símbolos do livre arbítrio da humanidade. Você pode fazer várias combinações diferentes de travessia, iluminada, apagada, iluminada no início, apagada no final, apagada ao princípio, luminosa no fim, e muitas outras. Isso prova, além disso, que a iluminação do teu caminho depende só de ti. Em resumo, é a demonstração que eu precisava para provar que a minha teoria de jogos divinos estava completamente descartada.

A pergunta que fica é como seria uma chave hotel para candelabros. Muito intrigante...

SOLUÇÕES
.

Estou pensando em trocar de host. Esses dois banners são o cúmulo da coação. Daqui a pouco meus comentários serão substituídos por grandes anúncios. Não se espantem se abrirem o site e verem (existe isso?) "FREE CASINO", "ENLARGE YOUR PENIS" ou "FREE XXX WEBSITES" escritos em letras garrafais, luscofuscoantes e cafonérrimas invadindo sua retina. Não terei eu ficado completamente pirado de um dia para outro, mas essa coisa que me hospeda terá escolhido as minhas mirradas visitinhas diárias para ganhar uns trocados a mais.

Momentos de decisão seguem. Aguarde e confie.

ÚLTIMOS CAPÍTULOS

2003-03-05

Caras, eu vou morar no Alasca.
Onde as noites duram cinco meses.
E vou beber até o sol raiar.

Huáhuáhuáhuá...

FUTURO
Rápidas:

- No mesmo livro a baixo referido, encontro erros de português tão grotescos quanto "como pode ser lido na Carta Magma (leia-se Magna);

- Como meu carnaval foi uma bosta mesmo, também vi os tais 500 clipes ds MTV - era a melhor alternativa dos canais abertos e muito melhor que a programação normal deles - e cheguei a conclusão de que o Bruce Springsten estava com prisão de ventre enquanto fazia a sua participação em We are the world;

- Ainda no que diz respeito a linha de cima, estou quase virando um vocalista de bandas dos anos 80 devido a minha prosperidade capilar;

- Se pensássemos em uma banda formada por um baterista qualquer, o Angus Young, Flea e Morrisey (pra quem andou em uma garrafa no fundo do oceano nesses últimos trinta anos, são eles o guitarrista do AC/DC, o baixista do Red Hot Chilli Peppers e o vocalista do The Smiths) precisaríamos de um palco do tamanho da Antártida para evitar um choque entre os componentes da banda durante um show ao vivo;

- A Kylie Minougue é uma das únicas popstars que ficou gostosa só depois de velha e rica;

- O David Bowie é foda.

ERA ISSO
Estudando administração, me deparo com isso:

"b.1 - Frustração:
A frustração pode levar a cetas noções generalizadas, a saber:
- desorganização do comportamento: conduta ilógica e sem explicação aparente;
- agressividade: a liberação da tensçao acumulada pode acontecer através da agressividade física, verbal, simbólica, etc.;
- reações emocionais: a tensão retida pela não satisfalão da necessidade pode provocar ansiedade, aflição, insônia, distúrbios, etc;
- alienação e apatia: o desagrado em face da não satisfação pode causar reações de alienação, apatia e de desinteresse pelo alcance dos objetivos frustrados como forma ou mecanismo inconsiente de defesa do ego
"

Não sei se encaro isso como mais uma tentativa de rotulagem humana ou levo pro lado pessoal.
DÚVIDAS
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Existem palavras que me intrigam. São simples e tudo, mas eu sempre tenho tendência de escrever errado. Ou melhor, escrevo certo, mas imaginando que esteja errado. Por exemplo, a palavra Ortogonal. Semrpe tendo a imaginar um h na frente. Talvez por causa dos hortobotânicos, aqueles jardins com plantas cultiváveis que existem em algumas cidades. E tem o maldito Joãozinho, que pra mim sempre foi com "z" e agora vejo escrito com "s". Já vi em vários dois sites pelo menos - o do Inagaki e o site do Terra (que não linco aqui por motivos de represália). Seja como for, a estética grafológica deveria subverter as regras vocábulas (credo!). Pelo bem da poesia e dos mal preparados para os processos vestibulares.

PARA O BEM DE TODOS
Tá. Balanços do carnaval.

Conheci um download. É. Um download. Ele entrou no meu micro por que eu quis. Eu convidei. Eu queria muito. Já tinha ouvido falar horrores dele. Ou melhor, dos precessores dele. E, por força até mesmo da tradição, coloquei-me a sua caça no Kazaa. Encontrei-o (morra professora de português dos infernos!! Escrevo como quiser!!). Estava ali, parado, quieto. Com seus setecentos e quarenta megas. Imponente. E eu comecei o nosso intercâmbio.

Meio conturbado o início, é verdade. A princípio lerdo, com cerca de dois a três k's por segundo. Mas insisti. Queria tê-lo de qualquer jeito. Às vezes nem ligava, sumia. Em vez da situação atual, um gelado "Remotely quering". Confesso que cheguei a desistir. Procurei outros meios, como o Google e o Altavista, mesmo sem desistir dele abertamente. Eram procuras paralelas. Traição? Entenda como quiser. Eu queria ele, não importa de que forma fosse.

Depois desses altos e baixos, ontem ele veio com força total. Parece que sentiu que eu ia largar tudo e migrar para o DC++. Trinta kbps. Só que, como sempre, quando um quer, o outro não se entusiasma. Não poderia desfrutar dele, já era terça a noite, nada mais importava. E, da mesma forma que começou, terminou. Não pude jogar Heroes of Might and Magic IV. Talvez no próximo carnaval. Ou quando nos encontrarmos denovo por aí.

SUSPIROS CARNAVALESCOS

2003-03-04

Escuto palmas no portão. Vou ver quem bate as três da tarde de um feriado. Um garotinho. Cinco anos, no máximo. A camiseta e o calção deviam ter mais, porém. A voz era muito fraquinha.

- Tio, tem um serviço?

- O quê?

- Um serviço. Pra eu fazer.

- Tu quer um serviço? - Incrédulo, fascinado.

- Sim. Pra comprá leite pro nenê.

Eu não sabia, realmente, o que dizer. Era tocante ver aquilo, menor que minha cintura, me pedindo um emprego. Um serviço. Mas, no entanto, usei meu lado racional pra analisar essa história. Um serviço... Roçar pátio é um. Por que o pai dele não roça pátios? O meu tá com um matagal do caramba, ele podia resolver, pensei. E logo pensei num motivo simples pra recusar dar um para ele. Seria desumano se eu desse. Qualquer um pensaria isso. Inclusive o pai dele.

- Amiguinho, desculpe, eu não tenho um serviço.

- Mas é pa eu compra um arrois e um feijão.

Foi uma das coisas mais cortantes que alguém me disse. Era crueldade tudo aquilo. Ver aqueles olhos completamente mortos me encarando como mais um dos que negavam. Ter que ouvir aquelas palavras chicoteando meu senso humanitário. Pensar que não adiantaria nada. Como é que a situação pode chegar a esse ponto? Era mais cruel ainda tomar aquela decisão. Mas eu seria firme. Eu não daria nada para ele. Talvez assim seus pais desistissem.

- Não, não tenho. Desculpe.

- Então só um arrois, um feijão. É pra criança.

Infeliz a mente de quem bolou isso. A pessoa que aconselhou esse garoto a fazer isso só pode ser um monstro. Sem alma. Podre. Rastejante. Quase tanto quanto eu, que estou negando isso. Mas é melhor para ele. Será mesmo?

- Não, garoto. Não tenho nada mesmo.

- Mas...

- Não tenho, desculpe.

Virei as costas e saí. Dói até agora. Merda de país que não cuida dos seus. Merda de sociólogos que discutem uma situação irracional. Merda de políticos que votam um aumento de 59% nos seus salários enquanto essa migalha humana mendiga com astúcia cruel. Merda de condição essa que não me deixa escolha nenhuma, senão negar um paliativo e torcer para que tudo se resolva. Maldita é a impotência. Malditos os escrúpulos e toda a falta deles. Maldita a minha existência, meus pensamentos e toda a racionalidade que cultivei. Mas, porra, o que tu faria na minha situação?

REALIDADES CRUÉIS

2003-03-03

Dificuldades técnicas...

Nunca tentem alterar o templete do Blogspot no Netscape 7.0. É um favor para vocês mesmos.

Quem avisa amigo é.

(PS: A versão de Ace of Spades pelo Balzac é muito foda.)

MÃO DE OBRA DO CARALHO
Vi no Jornal Nacional:

- Estados Unidos: Capturado um suspeito de ligações com gupos terroristas, principalmente Al Qaeda. O nome do suspeito é [qualque nome árabe] Mohamed. Ele será interrogado com o uso de técnicas especiais, como a intimidação psicológica e o impedimento do sono...

Se fosse num país árabe se chamaria tortura. Ainda bem que não é, né? Imagina se eles torturassem o cara.

IGUALDADE
Caralho.

Luís Fernando Veríssimo é o cara mais foda do mundo literário. Quando eu encolher, engordar, ficar careca e de cabelo branco, quero ficar igual a ele. É de sua autoria essa passagem fenomenal:

DA FORMAÇÃO DOS TIMES – O número de jogadores em cada equipe varia, de um a 70 para cada lado. Algumas convenções devem ser respeitadas. Ruim vai para o golo. Perneta joga na ponta, a esquerda ou a direita dependendo da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os choques. Gordo é beque.

Pedaço do texto Futebol de Rua, disponível aqui.

O MESTRE
Uma homenagem ao meu melhor amigo:



ESSE É FAIXA
Coréia do Norte.

O pessoal desse país comunista tem acusado os americanos de intensificarem os voos de reconhecimento em seu território. E dizem que os americanos estão em "pé de semiguerra" [sic] , desembarcando tropas na sua vizinha sulista. Se houver guerra, eles disseram que ela será nuclear.

Eu não tenho nada a temer. Querem se matar e matar todo o mundo, melhor. Não quero mesmo trabalhar mais. Posso morrer sem ter estudado história. Não fiz tudo o que tinha que fazer, mas também, não estou nem aí. Azar. Sem apegos, sem nada que eu possa querer levar comigo. Matem-se se é o que tanto desejam.

Talvez, se esse fosse o pensamento de todos, nunca mais ninguém falaria em guerra. Sem medo de morrer, por que as pessoas se importariam que as armas existem? E mais, quem ia querer fazer marketing com uma estratégia tão discreta?

Nós criamos os nossos fantasmas. E está na hora de matá-los.

NOVOS CONCEITOS
Música do dia (e já recomendada):

MUSCLE MUSEUM
Muse

She had something to confess to
But you don’t have the time so
Look the other way
You will wait until it's over
To reveal what you’d never shown her
Too little much too late

Can you see that I am needing
Begging for so much more
Than you could ever give
And I don’t want you to adore me
Don’t want you to ignore me
When it pleases you
And I’ll do it on my own

I have played in every toilet
But you still want to spoil it
To prove I’ve made a big mistake
Too long trying to resist it
You’ve just gone and missed it
It's escaped your world

Can you see that I am needing
Begging for so much more
Than you could ever give
And I don’t want you to adore me
Don’t want you to ignore me
When it pleases you
And I’ll do it on my own
I’ll do it on my own

2003-03-02

Muse. Conhecem?

Se não, boa oportunidade de conhecer. Eu nunca tinha ouvido falar desses caras, até meu irmão baixar um .mp3 dessa música. Muscle Museum é o nome da dita cuja. Quem puder pegar e escutar, vai estar fazendo um favor aos seus ouvidos.

Ou vai duvidar enormemente do meu bom gosto.

SUGESTÃO
O teu cabelo não nega, mulata...

E eu lá. Sem fantasia decente, sem grana para tal. Nem sabia porque não existia dinheiro lá em casa, mas fazer o que? Sair só com a camiseta de super homem e uma bermuda, oras! Com uma conga. É. Azul. Era esse o meu traje, na primeira matinê de carnaval da minha vida. Tinha uns cabelos claros, finos e escorridos - completamente diferente de hoje. E disposição para ir a um treco desses. E uma mãe com muita vontade de festejar a sua condição de maternidade.

... por que és mulata na cor...

Chegando lá, duzentos e cinquenta e cinco mil pessoas. Pelo menos na minha contagem. Nunca tinha visto tanta gente. Nem nos recreios. Era uma multidão. Todo o povo de Canoas. Eu acho. Muitas crianças, fantasias, papeizinhos circulares multicoloridos que caiam do forro como uma chuva de arco íris. E uns papeizinhos super divertidos de enrolar, como a minha mãe queria que eu acreitasse.

... mas como a cor não nega, mulata...

Muita gente corria, e eu ali. Começou a crescer, em meio aquela multidão, um desejo incontrolável e desconhecido em mim. Pelo manos na minha pequena memória ocupada por apenas seis anos de dados, na época. Meninas, meninos, dancinhas, pega-pega, quase comi confetes. Suor, calor. E musiquinhas de carnaval.

... mulata quero seu amor!

Nesse momento irrompeu. Vômito. Torrencial. E estava, assim, começando meu pânico por carnaval.

MARCHINHA
.

A música tem muitos segredos. E a união deles é o que faz de uma canção despretensiosa um clássico. Precisa ter o som bem preenchido, para passar a impressão de um sentimento ao invés de barulho organizado. Não é a física que, através de suas ondas, transforma um acorde em uma lembrança eterna. Ia ser engraçado um casal de namorados lembrar exatamente os hertz do primeiro encontro. O barulho precisa ser doído, sentido. Musicado.

Até gritos precisam de significado. Não digo esses berradores do Sepultura, falo de utilizar a goela como instrumento. Arrancar arrepios com um acorde. E, pra mim, existe apenas uma especialista em fazer isso; Bjork.

Antes de sair gritando ao microfone por aí, faz um favor pros teus ouvidos. Escuta a islandesinha.

GRITOS
Música.

Começamos a madrugada com esse controverso assunto. Eu, particularmente, gosto. Ainda mais ouvindo - como agora - um cover de Beatles (Twist and Shout) cantado por um "grupinho" formado pelo Sonic Youth, Nirvana e REM. Ou o cover de Baba O'Rilley, do The Who, em performance do Nirvana. Fenomenal pra caramba. Estou com o fone de ouvido nos meus respectivos, principalmente para me livrar dos sons que provem da televisão, onde minha mãe está assistindo ao desfile das escolas de samba de São Paulo. Eu até gosto de samba, esses de verdade. Não curto enredos de escola de samba, mas marchinhas antigas me agradam. Minha mãe tinha um vinil entitulado Reveillon que eu adorava. Gosto também do Chico Buarque, que é sambista e dos bons. Dicró, Bezerra da Silva. Agora não me venha com esses "neopagodes". E axés. E funks. Bom pra quem gosta, mas de mim passe longe.

Esse blá blá blá vem, na verdade, como simples introdução de um achado internético. Depois que decidi qual seria a música do dia (que poderia ser YYZ do Rush, caso tivesse letra), fui procurar a sua letra na internet. Achei num site holandês. Cantei junto com o "seu" Neil, só que não cheguei a terminar. Na página onde lia, mais precisamente no canto inferior direito dela, existe uma lista das letras mais procuradas. E encontrei figuras conhecidas como o Eminem e o U2. Só que em primeiro lugar, existia uma banda que eu nunca ouvi falar, Las Ketchup. Só que o nome da músia me era muito familiar: Asereje. O difícil é saber quem fez versão de quem. E o fato é que não é só aqui que estão cantando coisas sem nexo.

TEM GOSTO PRA TUDO
Começamos estourando o rock'n'roll na música do dia:

ROCKING IN THE FREE WORLD
Neil Young

There's colors on the street
Red, white and blue
People shufflin' their feet
People sleepin' in their shoes
But there's a warnin' sign on the road ahead
There's a lot of people sayin' we'd be better off dead
Don't feel like Satan, but I am to them
So I try to forget it, any way I can.
Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world
Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world.

I see a woman in the night
With a baby in her hand
Under an old street light
Near a garbage can
Now she puts the kid away, and she's gone to get a hit
She hates her life, and what she's done to it
There's one more kid that will never go to school
Never get to fall in love, never get to be cool.

Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world
Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world.

We got a thousand points of light
For the homeless man
We got a kinder, gentler,
Machine gun hand
We got department stores and toilet paper
Got styrofoam boxes for the ozone layer
Got a man of the people, says keep hope alive
Got fuel to burn, got roads to drive.

Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world
Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world.

2003-03-01

Vou realizar o sonho da minha mãe.

Ela me disse um dia que sonhou comigo. Ela sempre tem sonhos estranhos. E dessa vez não foi diferente. Ela disse que eu tinha deixado o meu cabelo comprido denovo. Estou pensando mesmo em fazer iss novamente. Sei lá, acho que é um momento de saudosismo incontrolável. Estou ouvindo músicas oitentistas, vendo pessoas oitentistas, lembrando dos desenhos da minha infância. Então, pronto, vou deixar as gadelhas alcançarem a décima terceira vértebra. Just for fun, como diriam nossos primos guerreiros.

O que tem de estranho nisso? É que ela disse que meu cabelo estava roxo. Minha mãe sonhando em me ver de cabelo roxo. Um sonho nada ortodoxo, diga-se de passagem.

SONHOS HETERODOXOS
Música do dia:

LOVE WILL TEAR US APART
Joy Division

When the routine bites hard
and ambitions are low
And the resentment rides high
but emotions won't grow
And we're changing our ways,
taking different roads
Then love, love will tear us apart again

Why is the bedroom so cold
Turned away on your side?
Is my timing that flawed,
our respect run so dry?
Yet there's still this appeal
That we've kept through our lives
Love, love will tear us apart again

Do you cry out in your sleep
All my failings exposed
Get a taste in my mouth
As desperation takes hold
Is it something so good
Just can't function no more?
When love, love will tear us apart again
.

Um filmezinho para aumentar a criatividade. O grande problema disso tudo é a tal da química. Quando fico sem idéias, costumo ver umas fitas. Meio como um chute no escuro, pego títulos ao acaso. Ou, mais fortunático ainda: deixo que meu irmão escolha. E como algo tem que ser bom na vida, pelo menos as películas tem sido de boa qualidade. Todas com suas ressalvas, mas bons em conteúdo dramático. Bons o suficiente para me deixar sem idéias do que escrever.

O que tem a ver química com isso? Osmose, meu velho, osmose...As idéias estão fluindo do meio menos denso para o mais denso.

IDÉIAS DENOVO
Duas pessoas, mesmo quarto. Mundos diferentes.
- Estou precisando de uma luz.
- 132.
- O quê?
- 132!
- Que é isso?
- O número da companhia de iluminação pública. Paga uns pilas pra eles, eles dão luz extra aí na frente.
- É isso que me irrita.
- A mim também. Mas faz assim, espera o sol. Ele não cobra nada.
- Desisto. Não dá mesmo pra falar contigo.
Porta batendo. Diálogo encerrado. Casamento idem.

CENA