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- Hoje, os museus são as grandes referências das maiores cidades. Já pensaram em Paris sem o Louvre, ou em São Paulo sem o Museu de Artes de São Paulo? Queremos formar mão-de-obra para desenvolver a economia da região e ocupar o espaço no mercado nacional - compara Miranda. "
A frase, que poderia ter sido feita por qualquer diretor de uma faculdade liberal - como da engenharia - foi proferida por Wilson Marcelino Miranda, idealizador do curso de museologia da UFPEL (matéria completa
aqui). Como é que alguém vai pensar em dinheiro em um "mercado" inexistente, onde os "profissionais" são, na verdade, heróis que tentam fazer com que os "clientes" apenas se façam presentes nas mostras e absorvam um pouco de cultura. Tá, pode parecer um pouco romântico, mas é o que mais ocorre - por mais "cult" que seja visitar um museu, são poucos os que fazem isso. Museus não são instituições que visam lucro - pelo menos não no Rio Grande do Sul, visto que o seu maior museu, o MARGS, explora comercialmente apenas a livraria, a cafeteria e a lojinha de
souvenirs.
A cada vez que leio algo deste quilate, fico mais magoado com a humanidade. Por mais ridículo que possa parecer.
MERCADOS...