2006-06-12

Creio que a maior prova de que somos uma sociedade masoquista é a presença do flato. Não conheço quem não ria com a erupção de um destes em um ambiente silencioso. E não venham dizer que são daqueles que passam sermão ao seu emissor com palavras ríspidas: como Freud explica, esta intempestuosa reação nada mais é que uma neurose desenvolvida pela interdição paterna do direito de rir do seu próprio peido.

Acho que a reação mais racional aos gases seria o choro.

FLATO, PULSÃO E MASOQUISMO
Creio que descobri um pedaço da resposta à pergunta que fiz no dia 29/05. Em parte somos reduzidos a PIB por uma manobra do destino: em meio ao turbilhão da crise de 1929, apenas uma economia pareceu sair-se "ilesa" - a novíssima URSS. O modelo comunista, por muitos críticos fadado ao fracasso, por sua característica de "internacionismo" (em contrapartida com a economia mundial de então, já dominada pelos estadunidenses) foi vislumbrada como uma opção à economia liberal que se mostrava falha. Os analistas liberais, ao estudar o governo russo (na época a URSS era pouco mais que a Rússia) esqueceu-se de ver os "escravos" trabalhadores industriais nos gulags e concentrou-se apenas no "Plano Quinquenal". A partir daí, nota-se uma mudança no discurso governamental liberal onde se dá mais importância ao planejamento econômico que avançou a níveis tão drásticos que hoje se dá, em enciclopédias, além de dados como o brasão e bandeira de um país, seu PIB e renda per capita.

LOUCURAS HISTÓRICAS
Conclusões ebasadas nas idéias de Eric Hobsbawn, em A Era dos Extremos, cap.3

2006-06-07

"- Hoje, os museus são as grandes referências das maiores cidades. Já pensaram em Paris sem o Louvre, ou em São Paulo sem o Museu de Artes de São Paulo? Queremos formar mão-de-obra para desenvolver a economia da região e ocupar o espaço no mercado nacional - compara Miranda. "

A frase, que poderia ter sido feita por qualquer diretor de uma faculdade liberal - como da engenharia - foi proferida por Wilson Marcelino Miranda, idealizador do curso de museologia da UFPEL (matéria completa aqui). Como é que alguém vai pensar em dinheiro em um "mercado" inexistente, onde os "profissionais" são, na verdade, heróis que tentam fazer com que os "clientes" apenas se façam presentes nas mostras e absorvam um pouco de cultura. Tá, pode parecer um pouco romântico, mas é o que mais ocorre - por mais "cult" que seja visitar um museu, são poucos os que fazem isso. Museus não são instituições que visam lucro - pelo menos não no Rio Grande do Sul, visto que o seu maior museu, o MARGS, explora comercialmente apenas a livraria, a cafeteria e a lojinha de souvenirs.
A cada vez que leio algo deste quilate, fico mais magoado com a humanidade. Por mais ridículo que possa parecer.

MERCADOS...

2006-06-06

Até as 16:20 de hoje, lia-se esta notícia no ClicRBS:

Mundial terá audiência de até 33 bilhões de pessoas
Pela primeira vez, competição terá transmissão em alta definição


Creio que deve se tratar da primeira transmissão interplanetária da história, já que aqui estamos apenas chegando aos 6,5 bilhões. Eu não sabia que os aliens gostavam tanto do esporte bretão.

PERIPÉCIAS DA IMPRENSA