É.

Nesses momentos é que tu vê que o relógio é uma invenção maldita. Pra mim não faria diferença nenhuma se é dia, noite, madrugada (alguém me explica a diferença dessas duas, por favor?) ou manhã se não fosse esse indivíduo.Ele diz quando levantar, que hora almoçar, quando dormir. Mesmo que alguns escassos fujam da sua monótona dominação, é este grandecíssimo filho de uma cadela que domina e dita regras ao redor do mundo. E funciona, também, como desculpa quando algo deu errado, ou quando falta vontade de realizar alguma coisa.

Se não fosse ele, não existiriam as remelas. Aquelas melecas que grudam os olhos e que, quando o relógio desperta, se depositam em quilos sobre as suas pálpebras. E não tem água que resolva. E se tu tentar usar sabão, aí, meus velhos e velhas, problema é todo vosso. Ardência na certa. E também tem aquela sensação batida que o tempo voa quando tu tá fazendo alguma coisa boa. Só que para isso já inventei o antídoto: amar as filas.

Seja como for, uma das frases que queria banir do meu vocabulário esse ano é "não tenho tempo". Mas não tenho tempo para isso.

TEMPO DENOVO