MANIAS PERIGOSAS
Eles entram. Chutam a porta. Os federais não tem piedade do bem alheio.
Angel vai na frente. Ela não sabe o que vai achar. Mas seu parceiro Bob faz a cobertura. Ela sempre quer resolver tudo sozinha. Por isso insistiu. Não quis esperar os reforços. Mal sabia ela que essa visita ia mudar a vida dela para sempre.
Vinha na frente e por isso foi a primeira a ver. A sala. A visão do inferno. Cuecas sujas se empilhavam no sofá cama, lutando por espaço com as toalhas molhadas. Os sapatos atirados por todos os lados. A mesa de centro cheia de migalhas de bolo redundantemente embolorado, onde passeavam alegremente três ou quatro baratas desatentas. Elas andavam por cima dos papéis engordurados e das marcas de copo de whisky que quase formavam o logotipo olímpico naquele local. Copos quebrados, papéis espalhados. Ela já não aguentava segurar a náusea. A televisão ligada no canal de esportes. Quase desmaiando ela ainda olhou para cima e viu, rodando lentamente no ventilador de teto, aquela meia furada no dedão.
Quando os peritos chegaram não entenderam nada. Ela estava sentada, chorando, cosendo a meia em meio a um ambiente extremamente limpo e organizado. Aré seu paeceiro morto jazia garboso sentado na poltrona, mas sem desarrumar as almofadas. No hospício a única que não estranhou foi sua mãe. "Ela sempre teve mania de limpeza".
Nunca conseguiram achar o suspeito.
Eles entram. Chutam a porta. Os federais não tem piedade do bem alheio.
Angel vai na frente. Ela não sabe o que vai achar. Mas seu parceiro Bob faz a cobertura. Ela sempre quer resolver tudo sozinha. Por isso insistiu. Não quis esperar os reforços. Mal sabia ela que essa visita ia mudar a vida dela para sempre.
Vinha na frente e por isso foi a primeira a ver. A sala. A visão do inferno. Cuecas sujas se empilhavam no sofá cama, lutando por espaço com as toalhas molhadas. Os sapatos atirados por todos os lados. A mesa de centro cheia de migalhas de bolo redundantemente embolorado, onde passeavam alegremente três ou quatro baratas desatentas. Elas andavam por cima dos papéis engordurados e das marcas de copo de whisky que quase formavam o logotipo olímpico naquele local. Copos quebrados, papéis espalhados. Ela já não aguentava segurar a náusea. A televisão ligada no canal de esportes. Quase desmaiando ela ainda olhou para cima e viu, rodando lentamente no ventilador de teto, aquela meia furada no dedão.
Quando os peritos chegaram não entenderam nada. Ela estava sentada, chorando, cosendo a meia em meio a um ambiente extremamente limpo e organizado. Aré seu paeceiro morto jazia garboso sentado na poltrona, mas sem desarrumar as almofadas. No hospício a única que não estranhou foi sua mãe. "Ela sempre teve mania de limpeza".
Nunca conseguiram achar o suspeito.
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