Foda. É uma palavra mutante. Virou sinônimo de coisa boa. O pessoal cansou de ouvir a frase "se fosse foda era bom" e cortou caminho. Mas no tempo que as novelas das oito eram tão inocentes que podiam ir ao ar as oito, foda era sinônimo de coisa ruim. Linguajar masculino, derivou da célebre loucução "estar fodido", o que para um macho que se preze, significava ser bicha. Andar com um caralho no cu. Veio assim, o "daí eu tô fudido", depois o "e então, fodeu". Suscedeu o "aí é foda", versão que pode, finalmente, ser aceita e rebatida pelo macho padrão. A partir daí, talvez pela lascívia, foi incorporado no linguajar feminino e homossexual, já que em ambos os casos, estar fodido não era algo verdadeiramente ruim. E o que era mau, virou bom. Hoje todo mundo que é bom é FODA.

Assim caiu por terra uma frase sintética de um camarada de trago, fazendo referência aos idos tempos da má foda:

"Foda só é foda quando empata a foda".

Talvez uma resposta tardia. Mas agora imortalizada. Tudo isso na privada.

FODA PÚBLICA